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segunda-feira, 16 de abril de 2012
DISCURSOS PEDAGÓGICOS E DIVERSIDADE CULTURAL
Discurso pedagógico, resumidamente, significa os tipos de discursos que os professores utilizam para promover a transmissão do saber.
O PAPEL DO PROFESSOR NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Uma das grandes preocupações dos professores, atualmente,
tem sido como ajudar seus alunos a se apropriarem da cultura acu-mulada pela humanidade, não por meio da memorização, mas de
maneira significativa e transformadora.
A finalidade do ensino é a transmissão e produção do saber,
porém, esta meta não poderá ser alcançada sem o entendimento de
um tipo de abordagem do processo educativo que desperta reflexões
sobre conceitos, intenções, ações e efeitos, sejam eles previstos ou
não previstos.
O professor, no seu papel de emissor do discurso pedagógico
;deve considerar as relações discursivas entre língua, ideologias e visões de mundo. É certo que uma prática discursiva depende da vontade do emissor, mas isto não é suficiente para que o conteúdo do
discurso seja aceito, acolhido e difundido.
A escola não é fechada aos conflitos, às diversidades e às contradições da sociedade. Considerando-se o “mosaico de culturas”
presente na escola, as propostas educativas são diversas, mas freqüentemente misturadas. Leite e Pacheco asseguram:É necessário ver as escolas como locais sociais contraditórios, marcados por luta e acomodação, e, simultaneamente, propiciadores de espa-
ço para o ensino, o conhecimento e práticas sociais emancipatórias.
Não se cogita, neste trabalho, abordar a problemática das políticas educacionais que parecem pretender padronizar o ensino do
ponto de vista de uma cultura-padrão com seus reflexos sobre o trabalho docente, constantemente constrangido pelos imperativos e
conveniências econômicas.
Com toda a razão, Hipólito e Vieira (2202, p. 280) afirmam que os professores são envolvidos nas contradições existentes nas lutas sociais e políticas de negação ou afirmação das culturas das minorias e de diferentes grupos étnico raciais, relacionadas com as classes sociais.
Maria Margarida de Andrade(UPM)
FRIEDMANN -Brincar: crescer e aprender.
A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
“As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e
passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo”
o professor, de maneira geral, não está preparado para lidar com a presença das brincadeiras
dentro da escola.
Para ela a autora deste artigo diz que neste momento, o processo de formação do educador não
oferece uma orientação pedagógica para essa consciência de que a criança precisa se
colocar no mundo através da linguagem dela. “A criança fala de forma mais espontânea, enquanto o professor tem muito medo de perder o controle. Ele acha que se não ensinar algo específico, não
controlará os estudantes. Mas as atividades lúdicas revelam e apoiam o desenvolvimento do aluno. O professor precisa tomar conhecimento disso e não exercer uma pressão que ignore a fase do faz-de-conta, do brincar e dançar.
Jogo e brincadeira
Brincar é mais importante até do que jogar, garante Adriana. “O jogo é mais estruturado, possui regras, limites, quadra, peças, tabuleiro.” Ela explica que,para as crianças, o jogo precisaria ser mais
espontâneo e físico. As propostas para utilização das brincadeiras e jogos na escola
precisam ser adequadas às faixas etárias e às séries dos alunos. “O bebê brinca e se apropria do mundo através dos sentidos dele. Com o olfato, o tato, audição, paladar e visão ele apreende
o que acontece no mundo. Depois, quando a criança começa a se expressar
pela fala, inicia-se o brincar simbólico, o faz-de-conta, o construir e o desconstruir.
A partir dos seis anos é que começam os jogos regrados e os alunos aprendem a
respeitar as regras do jogo; mais tarde, podem usar as atividades lúdicas até para
desenvolver as regras sociais.”
Dentro da escola
Na escola, Adriana acredita ser possível o professor se soltar e trabalhar os jogos como
forma de difundir os conteúdos. Para isso, são necessários três pontos fundamentais:
vivência, percepção e sentido, reflexão em cima da vivência. Ou seja, o educador
precisa selecionar situações importantes dentro da vivência em sala de aula;
perceber o que sentiu, como sentiu e de que forma isso
influencia o processo de aprendizagem; além de compreender que no vivenciar,
no brincar, a criança é mais espontânea. “Sem dúvida, os conteúdos podem ser trabalhados
com o uso do jogo.
Adriana Friedmann
Ver trabalho completo
www.formaremrede.org.br
Ludicidade na educação - citações.
O melhor método para aprender a ler e a escrever,
É descobrir essas habilidades durante situações de brinquedo.
(VYGOTSKY)
É preciso que as letras se tornem uma necessidade na
vida das crianças.
(VYGOTSKY)
Todo o jogo contem uma situação-problema
(objetivo) que poder· ser solucionada ou não pelo sujeito
(resultado do jogo), devendo este obedecer a um sistema de regras
que determinam os limites de sua ação
(MACEDO)
Sentimento de infância.
O sentimento de infância beneficiou primeiro meninos,
enquanto as meninas persistiram mais tempo no modo de vida
tradicional que as confundia com os adultos...
( ARIES, 1981, p.81)
O sentimento de infância presente na sociedade moderna, nem sempre recebeu esta importância.
Aries (1981), através do estudo da iconografia da época, observou que a distinção entre o mundo do adulto e o mundo infantil foi algo que surgiu no final do século XVI e durante o século XVII.
Durante a idade média, inexistia um sentimento de infância e ainda menos de adolescência. Até o século XVIII a adolescência foi confundida com infância. A criança era vista como adulto em miniatura, logo que apresentava algum desenvolvimento misturava-se ao mundo dos adultos, participando das mesmas atividades como festas, jogos e brincadeiras.
É importante lembrar que nessa época a família não tinha função afetiva. A família na Idade Média ''era uma realidade moral e social, mais que sentimental". (Ariès, 1981, 67).
Acreditamos, portanto, que os estudos de Aries, foram de fundamental importância para que a infância fosse colocada na pauta das esferas acadêmicas e sociais, e que estes tenham sido, apesar das críticas ao método o maior dos méritos do autor.
www.webartigos.com
Crianças...
Toda criança é um artista ao seu modo.
Precisamos oferecer muitas possibilidades,
muitos materiais, muitas linguagens, pois
possuir muitas linguagens significa ter
muitas possibilidades para exprimir-se.
(Malaguzzi,1990)
O Brincar na educação infantil.
Brincar é fundamental porque brincando a criança expressa necessidades e desenvolve potencialidades. O desafio, contido nas situações lúdicas, provoca o pensamento, exercita habilidades e leva a criança a alcançar níveis de desempenho que só as ações por motivação intrínseca conseguem.Brincando a criança aprende a engajar-se nas atividades gratuitamente, Sem visar recompensas ou temer punições. Os brinquedos são oportunidades oferecidas às crianças para que se tornem operativas.Mas o que é um bom brinquedo? - Bom brinquedo é aquele que convida a criança a brincar, seja por que responde às necessidades da etapa de desenvolvimento na qual ela se encontra, ou seja, por atender a algum apelo emocional.
www.brinquedoteca.org.br
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