O sentimento de infância beneficiou primeiro meninos,
enquanto as meninas persistiram mais tempo no modo de vida
tradicional que as confundia com os adultos...
( ARIES, 1981, p.81)
O sentimento de infância presente na sociedade moderna, nem sempre recebeu esta importância.
Aries (1981), através do estudo da iconografia da época, observou que a distinção entre o mundo do adulto e o mundo infantil foi algo que surgiu no final do século XVI e durante o século XVII.
Durante a idade média, inexistia um sentimento de infância e ainda menos de adolescência. Até o século XVIII a adolescência foi confundida com infância. A criança era vista como adulto em miniatura, logo que apresentava algum desenvolvimento misturava-se ao mundo dos adultos, participando das mesmas atividades como festas, jogos e brincadeiras.
É importante lembrar que nessa época a família não tinha função afetiva. A família na Idade Média ''era uma realidade moral e social, mais que sentimental". (Ariès, 1981, 67).
Acreditamos, portanto, que os estudos de Aries, foram de fundamental importância para que a infância fosse colocada na pauta das esferas acadêmicas e sociais, e que estes tenham sido, apesar das críticas ao método o maior dos méritos do autor.
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