Para
Campos (2001), com o enfraquecimento da visão estigmatizante e assistencialista
da educação, instaurou-se um movimento social e governamental pelo atendimento
de novas demandas, que resultou no recente reconhecimento da educação infantil
em creches e pré-escolas como um dever do Estado e um direito da criança,
legalmente estabelecido no ARTIGOS 208, inciso IV, da Constituição Federal de
1988. Essa mudança foi reafirmada nos anos de 1990, pelo Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), e em 1996, pela Lei n° 9394 de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB). Com a LDB, surge a Educação Infantil, com novos
objetivos, que engloba as crianças entre 0 e 6 anos. A Educação Infantil passa
a olhar o momento de desenvolvimento da criança, vendo-a como sujeito
integrado, sem dissociar aspectos cognitivos, afetivos, expressivos,
motores ou simbólicos.
Segundo
Wallon (1934), a criança deve ser estudada na sucessão das etapas de
desenvolvimento caracterizadas pelos domínios funcionais da afetividade, do ato
motor e do conhecimento, entendidos como sendo desenvolvidos primordialmente
pelo meio social. Os estágios do desenvolvimento propostos por Wallon (1934)
têm início na vida intra-uterina, caracterizada por uma simbiose orgânica. Após
o nascimento, apresentase o estágio impulsivo- emocional no qual
prevalece a emoção, caracterizado como o período da simbiose afetiva. No
período seguinte, que vai até os 2 anos de idade, a criança encontra-se no
estágio sensório-motor e projetivo, voltando-se para a
exploração do mundo físico. Gradualmente, com a aquisição da marcha e da
linguagem, a criança apresenta modificações no seu padrão de interação com o
mundo.
Souza (2000)
afirma que não existem modelos préconcebidos para se trabalhar na escola, mas
“princípios norteadores de uma prática a serviço da superação da exclusão, da
estigmatização e da desigualdade” (p.136). Sayão e Guarido (1997) também
salientam a necessidade da mudança do foco da atuação do psicólogo escolar,
para não ser restrito à orientação psicológica sobre as crianças, mas envolver
os aspectos da relação entre a equipe e os educadores, contemplando os
conflitos, as insatisfações e contradições inerentes às práticas sociais. A
partir das idéias dessas autoras, podemos apontar como “princípios norteadores”
dessa prática os seguintes pontos: trabalho com os professores; a etnografia
como metodologia; interdisciplinaridade; trabalho junto às famílias; e trabalho
com a criança.
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TANIA, Adorei seu Blog ele é muito informativo e aborda temas atuais. continui sempre ajudando a informar a todos.
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